Por: Sandra Teschner
O tal do metaverso “Trata-se de uma convergência entre os dois mundos, não uma dissociação, mas uma associação de hábitos, negócios, locais virtuais, lazer.
Este contexto abre possibilidades também no quesito comportamental, no metaverso, seu eu digital, ou seu avatar pode ser exatamente quem você é. Esta realidade imersiva será ainda muito mais profunda, do que vivenciamos hoje com as redes sociais, tecnologias digitais, WhatsApp.” – resume Christiane Edington, Conselheira da MCIO Associação que promove a inclusão e ascensão de mulheres.
Ok. Mas, o que é mesmo felicidade? Uma pergunta que deve ser feita é: O que os entrevistados pelo estudo do psiquiatra Hoimar entendem por felicidade? Seria diversão, conquistas rápidas, prazeres hedônicos (intensos, mas de rápida duração)? Ou será que de fato reportaram ao entendimento superior e atualizado da felicidade, evidenciada pela ciência.
Recriar as vivências humanas através de um eu-imersivo é desafiador, principalmente para um ambiente que se propõe a estar 24 horas em modo on.
Para que essa recriação impacte positivamente a sociedade, deve-se considerar na era pós-pandêmica (admitindo algum otimismo na expressão) o urgido da saúde mental de seus cidadãos, virtuais ou não. Temos uma equação cheia de incógnitas entre os desejos de uma sociedade ideal, em um Universo paralelo virtual, a motivação das big techs com o gigantesco potencial de audiência e lucratividade, e as dúvidas que permeiam anseios coletivos de bem-estar subjetivo em contraponto com seus medos. Escapar ou Ser Feliz?
O que o psiquiatra Hoimar não sabia, ou não apostou em sua abordagem dos anos 80, é da imensa capacidade resiliente e de aprendizado humano. Quando estes escolhem agir e imputam esforço e energia, muito além dos genes, somos capazes de viver nossa melhor versão, numa perspectiva realista, porém otimista da vida, sem termos de desistir dela para prosperar.
Encorajar pessoas para não escolherem um mundo exclusivo para creditar hábitos de uma vida sustentável, justa, empática, significativa pode ser uma alternativa válida para a felicidade em coletividade. Na dúvida imersiva, e adjetivando em metaverso, que tal plantarmos nossas macieiras? Se bem cuidadas, os frutos vêm. Quem me acompanha?
Sandra Teschner
Sandra Teschner é pós-graduada em Neuropsicologia e ChiefHappiness Officer certificada pela Flórida International University. Fundadora do Instituto Happiness do Brasil, centro de estudos e projetos de Felicidade Intencional. É palestrante internacional, e empreendedora social. Dê sua opinião sobre este artigo ou faça sugestões para nossos colunistas, envie seu e-mail.
Fonte: https://www.partnersales.com.br/artigo/como-ser-feliz-num-mundo-metaverso